Ainda Moçambique: praia de Zavora

Fotos de alguns dos espaços públicos do Doxa Beach Hotel, na praia de Zavora (Fotos Sílvia R. 08/11/2017).


Começo por fazer um mea culpa. Desejar um excelente 2018... E um feliz Carnaval...


Parece-me que foi há uma eternidade que escrevi aqui. Bem, já foi no ano passado, mas o último artigo foi intenso e tive de dar um tempo em prol do bem estar emocional. Aconteceu tanta coisa nos últimos dois meses, que a minha grande viagem já está no fundo da memória. Hei-de falar também da comida que por lá comi; mas vou entrar em dieta em breve, e portanto este assunto fica adiado. 
Fiz o possível e o impossível por manter a minha viagem a Moçambique num registo familiar. Tipo ir a Sintra e não sair da Abrunheira, em vez de visitar palácios e parques. E comer travesseiros da Piriquita... (concentração nunca foi o meu forte)
Não tive outra solução senão dedicar dois dos treze dias de viagem a actividades dignas de turista. Um deles foi para pôr os pés no Índico num bocadinho da praia de Zavora e passar parte do dia num lodge. 

Moçambique está divido em dez províncias e a capital Maputo (antiga Lourenço Marques) também com estatuto de província. A província de Inhambane tem uma área equivalente a dois terços do território de Portugal: são 68 615km² de área (!) muitos deles com praias de suster a respiração. E lagoas, como a lagoa Poelela.
A lagoa Poelela vista do final da ponte na EN1, antes da chegada a Inharrime, Moçambique (Foto Sílvia R. 07/11/2017).
Inhambane, a capital desta província, Vilanculos e a paradisíaca ilha de Bazaruto ficaram para a futura viagem, a turística. É nesta ilha que está instalado o hotel do grupo Anantara, que há uns meses inaugurou um resort de luxo em Vilamoura, no antigo Tivoli Victoria. E se um dia não basta para conhecer o "nosso" Algarve, imaginem dois para dois terços de Portugal. 

Poucos quilómetros depois de passar o Centro Laura Vicunha e a escola profissional Domingos Sávio, sai-se da EN1 e entra-se numa estrada de terra batida, ladeada por longos coqueiros e palmeiras, em direcção ao Índico (são cerca de 17km de terra batida). 

Acesso de terra batida para a praia de Zavora, a partir da Estrada Nacional 1 (Foto Sílvia R. 08/11/2017).
Se há coisa que aconselho a viajantes que me leiam é que usem e abusem do Google: a transferência  atempada dos Google Maps dos destinos para a possibilidade de se orientarem em viagem pode evitar muita chatice. Pena que não tenham os alertas de velocidade controlada como nós temos nas nossas estradas; mas também seria difícil porque teriam de se actualizar com os "limites personalizados" de alguns agentes da autoridade rodoviária e do preço do refresco.
Não vou perder tempo a escrever sobre a corrupção, o artigo da Wikipedia "Mozambique" basta, dedicando-lhe uma secção.


Sim, os pés do vídeo são meus. E sim, são calças arregaçadas. Fomos bem avisados antes de seguirmos para esta praia para não nos aventurarmos no mar, porque tem desaparecido lá gente. O quatro-patas que nos veio saudar quando saímos do carro acompanhou-nos durante a nossa permanência na praia e barrou-me várias vezes a ida à água. A praia é conhecida pelos recifes, portanto um excelente destino para o mergulho e a fotografia subaquática (cursos no meu bucket list desde 1997), apenas para nadadores experientes e corajosos.
Praia de Zavora (Foto Sílvia R. 08/11/2017).

O Zavora Lodge pareceu bem, o RP de quatro-patas foi impecável connosco, mas tinham-nos falado no Doxa e lá seguimos viagem mais perto do almoço para o complexo, para dar um mergulho em águas controladas. 

O Doxa Beach Hotel é um complexo turístico gerido por uma família sul-africana muito acolhedora e atenta a todos os pormenores. Pelo preço do almoço, podemos desfrutar da fabulosa piscina e de uma tarde muito bem passada. Para além do alojamento, propõem também aos hóspedes os passeios a cavalo na praia de Zavora e obviamente o mergulho. Sobre o que aqui almocei falarei noutro post, já que vou entrar em dieta.


Este artigo foi escrito ao sabor desta bela pomada sul africana:
Amarula é um licor da África do Sul preparado com creme de leite e suco do fruto da árvore maruleira (Sclerocarya birrea). Tem um teor de álcool de 17% . (Fonte: Wikipedia https://pt.wikipedia.org/wiki/Amarula, acedido a 04/02/2018, Foto de Sílvia R. 04/02/2018)

Um qualquer dia de turista.
Memorável.

Até já!


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